Com a pandemia do novo coronavírus, observamos um rápido movimento para o home office de alguns setores. A necessidade de distanciamento social acabou por romper com o paradigma de que o funcionário deve morar onde a empresa está estabelecida e esse fato juntamente com a nova carteira de trabalho digital foram responsáveis pela criação de muitas oportunidades de empregos nas mais diversas cidades do Brasil. Para um país com as dimensões continentais como o nosso, essa mudança poderá ser uma revolução no trabalho, na renda e na vida das cidades.
A saúde também estará mais acessível para locais mais remotos, uma vez que a telemedicina está se popularizando e podemos ter, nos nossos lares, equipamentos antes exclusivos de uso médico, como acompanhamento de batimento cardíaco, pressão arterial, nível de oxigênio no sangue,etc.
Como transformar essa amostra de modernidade que atingiu uma fração da população durante a pandemia em realidade para todos? A resposta é: se concentrando no desenvolvimento tecnológico para empregar uma nova geração e também para tornar nossas cidades mais inteligentes.
Sabemos que nem todos os setores permitem o emprego livre fora do estabelecimento: as indústrias, o agronegócio e os serviços tradicionais exigem a presença humana junto ao local de trabalho, mas novos modelos econômicos estão surgindo e o Brasil tem competência e condições de assumir protagonismo mundial. Estou falando da tecnologia da informação e comunicação que é o setor que mais cresce em todo mundo. A tecnologia é transversal a qualquer atividade econômica e permite exportar para outros países sem complexidade logística.
Chegou a hora dos estados e municípios se mobilizarem para dar mais musculatura ao setor de tecnologia que, com maior potencial para superar crises econômicas, pode ajudar a alavancar os demais setores.
Cidades mais inteligentes sabem que o setor de tecnologia é essencial não somente para melhorar os serviços públicos, mas principalmente porque ele dá empregos e aumenta riquezas sem grandes obras de infraestrutura ou investimento de bens de capital.
São várias as iniciativas para incentivar a manutenção de empresas de tecnologia na região:
1. Inventivos tributários
2. Melhorias da infraestrutura de banda larga
3. Estímulo às cooperação tecnológica com com centros de pesquisas
4. Formação profissional de desenvolvimento de sistemas e programação avançada para jovens no ensino médio
Cidades que investirem em educação de qualidade e na atração de empresas de tecnologia sairão na frente para receber moradores com mais renda que movimentarão mais dinheiro e gastarão mais em serviços.
Em todo mundo, as cidades estão prontas para entrar nessa corrida e o papel do Estado é garantir um ambiente econômico capaz de manter um crescimento saudável e duradouro.
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