Novamente, Inteligência Artificial foi a estrela das tendências dos
principais boletins de tecnologia mundial para 2022. Boletins da Forbes, Gartner, todos apontam para avanço dessa tecnologia nas empresas, nos lares e nas cidades. Das doze tendências foram apontadas pelo Gartner e que vou listar no final do artigo, cinco tem foco em desenvolvimento e aplicações avançadas em inteligência artificial.
Para entender as grandes transformações previstas para o ano novo, vamos recapitular 2020 e 2021 e ver essa tendência da tecnologia em nossas vidas e no dia a dia das empresas.
Acreditávamos que 2020 seria o ano da Inteligência Artificial, mas na percepção da maioria não foi bem assim: logo no início do ano, a OMS decretava pandemia causada pelo novo coronavírus o que mudaria completamente o mundo nos meses seguintes.
Mas será que erramos a previsão? Não mesmo! Acertamos! O que se viu em 2020 e teve sequência em 2021 foi a inteligência artificial presente como nunca nas nossas vidas: na aceleração das entregas em domicílio e toda estratégia de distribuição, no trabalho de pesquisa e desenvolvimento pela vacina, ferramentas identificação de pessoas para validação de documentos, na coordenação de trabalhos de equipes que já não compartilhavam o mesmo espaço físico. Em todos esses aspectos, a inteligência artificial esteve presente se desenvolvendo com uma velocidade impressionante. O que antes de 2020 era um luxo tecnológico, passou a ser obrigatório e a Inteligência Artificial passou a ser demanda de todas as empresas que investiram em TI em 2021. Uma verdadeira revolução!
O que esperar agora desse grande impulso? Que os benefícios da tecnologia se espalhem para outras áreas, agora bem mais fundamentada e testada. Os grandes desafios da humanidade sempre impulsionaram tecnologias de ponta que são colocadas a prova e, na pandemia de COVID 19, não foi diferente: novos algoritmos saíram dos laboratórios de ciências de dados direto para os aplicativos, para as centrais de atendimento, para a fabricação de milhões de doses de vacina. Tudo isso foi colocado em prática com uma agilidade inédita. Reduzimos os tempos de pesquisa usando IA. Tecnologias que levariam décadas para serem desenvolvidas e testadas já passaram no teste e estão no dia a dia das pessoas.
Depois de dois anos de grandes avanços tecnológicos e grandes aflições com a nossa sobrevivência, prevejo que este ano de 2022 será voltado para o desenvolvimento sustentável e para o bem estar da humanidade.
Coincidentemente, essa preocupação com o bem estar da humanidade vem no ano em que completamos 30 anos da ECO92, evento que trouxe para o Rio de Janeiro chefes de Estados de 117 países que se reuniram para debater, refletir e criar uma agenda conjunta na defesa do desenvolvimento sustentável, do meio ambiente e da nossa sobrevivência na Terra. Em 2022, o Rio de Janeiro será palco de um novo encontro internacional, o Rio+30, evento híbrido que contará com importantes debates sobre o futuro no planeta.
Certamente, a
pandemia mudou muita coisa no relacionamento da sociedade com a
tecnologia e isso deve estar nos debates na Rio+30: acesso universal a
vacinas, telemedicina, educação online, trabalho em home office,
transportes urbanos, formação para o trabalho do futuro, dispositivos
móveis de saúde e o grande desafio de privacidade de dados pessoais.
O Brasil, como sede desse evento, tem a oportunidade de ser protagonista não somente nas questões ambientais como também nas pautas de tecnologia pois, mais do que nunca, elas interferem na soberania e no desenvolvimento do país.
O Thinking Digital Assespro 2022 fará parte da agende desse evento internacional e terá como o tema "Tecnologia em Prol da Sustentabilidade" e lançaremos um manifesto pela Tecnologia e a Diminuição da Desigualdade Social.
Como prometido no primeiro parágrafo, segue a lista de tendências publicadas pelo Gartner na última semana do ano:
- Data fabric (mecanismos de distribuição e acesso de dados),
- Cybersecurity mesh (recursos de segurança compartilhados na nuvem),
- Privacy-enhancing computation (desenvolvimento de soluções de privacidade),
- Cloud-native platforms (plataformas nativas na nuvem),
- Composable applications (aplicativos compostos a partir de desenvolvimento modular),
- Decision intelligence (inteligência para tomada de decisão),
- Hyperautomation (hiperautomação),
- AI engineering (engenharia de inteligência artificial),
- Distributed enterprise (empresa centralizada no digital e distribuída no trabalho remoto),
- Total experience (experiência completa na empresa abrangendo usuário e colaborador),
- Autonomic systems (sistemas autônomos) e
- Generative AI (inteligência artificial generativa).
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